Foto destaque: Área de extração de saibro, com destaque para a presença de blocos rochosos. Por: A. M. Rodrigues, 2015.
A estação experimental de erosão de solo é um importante método de análise para entender os fatores e processos atuantes no solo. O monitoramento da estação é um dos métodos mais capazes de entender o nível de resistência do solo e a sua capacidade de resiliência, representando um diagnóstico ambiental mais próximo do real, além de ser uma ferramenta empírica para difundir conhecimento e aprendizagem. Na estação são instalados diferentes instrumentos para aferir as diversas variáveis que se relacionam, para entender a qualidade do solo, evidenciando a importância do monitoramento de estações experimentais para nortear trabalhos de planejamento ambiental.
A presente estação está inserida em uma sub-bacia hidrográfica do rio Maranduba, na estrada do Araribá, Ubatuba/ SP, em encosta que sofreu com ações antrópicas em área de retirada de material de empréstimo de solo (corte de encosta), caracterizando ambiente de trilha, apresentando solo degradado e com pouca vegetação. A presente área de estudo está situada na borda do Parque Estadual da Serra do Mar, de bioma de Mata Atlântica, a 27 km do centro de Ubatuba e a 24 km do centro do município de Caraguatatuba. Estão instaladas na estação três parcelas de erosão sem cobertura vegetal de 10 metros de comprimento e 1 metros de largura (10 m2 cada parcela) para quantificar o total de solo e água perdidos através do escoamento superficial.
Processo de degradação do rio Maranduba, Ubatuba/SP, com destaque para a erosão de suas margens. Foto: A. M. Rodrigues, 2014.
Apresenta também um pluviógrafo automático capaz de aferir o total de chuva a cada 10 minutos para entender a sua intensidade, e está instalado uma bateria de sensores de umidade de solo automático (sensores de matriz granular – GMS) nas três parcelas em três profundidades (15, 30 e 90 cm) para relacionar a influência da hidrologia do solo com o escoamento. A aferição dos instrumentos instalados na estação é diária e conta com a colaboração de um técnico que reside no local (Sebastião Jorge de Oliveira).
Essa pesquisa está vinculada ao Laboratório de Geomorfologia Ambiental e Degradação dos Solos (LAGESOLOS), coordenado pelo professor Titular do Departamento de Geografia Antônio Jose Teixeira Guerra, e ao Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFRJ, ligado ao projeto de pesquisa do Doutorando Leonardo dos Santos Pereira. O projeto se iniciou em 2013, no mestrado do mesmo, e no doutorado conta com outros desdobramentos de análise ambiental, como a recuperação do solo dessas áreas degradadas. O projeto conta com verba do CNPq e da FAPERJ.